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Na Sorbonne, Janja admite ansiedade com COP30 e reforça compromisso do Brasil com agenda ambiental

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Em mais um dia de compromissos em Paris, a primeira-dama Janja Lula da Silva participou, nesta terça-feira (21), do seminário Diálogos Transatlânticos, realizado pela associação Autres Brésils na Universidade Sorbonne. O evento teve como objetivo promover o debate sobre estratégias de transformação ecológica, abordando temas como transição energética, educação ambiental e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborados pela ONU.

Tatiana Ávila, da RFI em Paris

Em seu discurso de abertura, a primeira-dama, que é embaixadora dos ODS no Brasil e enviada especial para Mulheres na COP30, admitiu estar nervosa com a proximidade do evento, que começa no próximo dia 10 de novembro, em Belém, no Pará. Ela falou à RFI sobre suas expectativas:

“Estou nervosa porque é um evento muito importante não só para o Brasil, mas para a humanidade. É o momento em que a gente precisa virar a chave, para realmente buscar soluções para as mudanças climáticas e para que o impacto seja efetivamente reduzido. Para que a gente possa ter uma redução da temperatura do planeta de forma mais consistente, o que ainda não conseguimos. E é o Brasil que está recebendo, então, como todo evento, a gente tem momentos de ansiedade. Mas, como diz o meu marido, vai dar tudo certo e vai ser a melhor COP que já aconteceu”, disse.

Janja também comentou a recente liberação para pesquisas de exploração de petróleo em alto-mar na região amazônica, decisão amplamente criticada por especialistas, principalmente às vésperas da conferência sobre mudanças climáticas. Para ela, é preciso confiar no trabalho que vem sendo realizado pelos ministérios envolvidos:

“Acho que há um trabalho muito grande do Ministério do Meio Ambiente e do de Minas e Energia para que se tenha segurança nessa pesquisa. Ainda não é exploração, são pesquisas que vão ser feitas. Não podemos negar a importância que os combustíveis fósseis têm para o desenvolvimento do país. Mas, em paralelo a isso, o governo tem trabalhado fortemente numa transição energética justa. Temos caminhado e temos propostas importantes conduzidas pelo ministro Haddad e pela ministra Marina Silva na questão da transição energética”, opinou.

Enviada especial para Mulheres

Durante o seminário, ao comentar as ações que vem realizando como enviada especial para Mulheres na COP30, a primeira-dama falou sobre o contato que tem tido com comunidades periféricas e ribeirinhas, e sobre a conscientização desses grupos quanto à proteção do meio ambiente. Ela afirmou, inclusive, ter convidado a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, para participar do evento e realizar, com ela, uma visita a essas comunidades no Pará. Por ora, Janja ainda aguarda a confirmação da esposa de Emmanuel Macron.

Deputada reprova governo francês

Além de abrir o encontro, Janja participou também de um dos painéis, que discutiu a agenda mundial e a mobilização popular diante da crise ambiental. Integraram o debate a deputada francesa Aurélie Trouvé, do partido A França Insubmissa (esquerda radical), a doutoranda indígena Rossandra Cabreira e o secretário-executivo da Presidência da República, Lavito Bacarissa.

A deputada francesa criticou o posicionamento do governo do país no tratamento das questões climáticas. Segundo ela, o presidente Emmanuel Macron está cada vez mais próximo da extrema direita, grupo político que, de acordo com ela, tem dois inimigos: “os estrangeiros e o meio ambiente”.

“Hoje, a França já não é capaz de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Em 2025, há uma estagnação dessas emissões, quando, na verdade, seria necessário reduzi-las drasticamente”, declarou.

Críticas ao governo Bolsonaro e solidariedade ao povo palestino

Ao longo do painel, Janja também criticou as ações de “retrocesso do governo passado”. Segundo ela, “se não fosse a sociedade civil e a academia, teríamos tido retrocessos significativos. Tivemos retrocessos, mas a sociedade civil conseguiu ‘segurar a onda’”, afirmou.

A primeira-dama ainda falou sobre o uso da fome como arma de guerra e prestou solidariedade ao povo palestino: “Que esse acordo de paz realmente aconteça para que a gente não testemunhe mais os horrores da fome e de crianças assassinadas”, disse.

Após o encontro na Sorbonne, Janja seguiu para a Indonésia, onde se encontra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita de Estado pela Ásia. Participaram ainda do evento o embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares, o comissário da Temporada Brasil-França, Emílio Kalil, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, além de especialistas, pesquisadores, representantes da sociedade civil, jornalistas e estudantes universitários do Brasil e da França.

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Tatiana Ávila, da RFI em Paris

Em seu discurso de abertura, a primeira-dama, que é embaixadora dos ODS no Brasil e enviada especial para Mulheres na COP30, admitiu estar nervosa com a proximidade do evento, que começa no próximo dia 10 de novembro, em Belém, no Pará. Ela falou à RFI sobre suas expectativas:

“Estou nervosa porque é um evento muito importante não só para o Brasil, mas para a humanidade. É o momento em que a gente precisa virar a chave, para realmente buscar soluções para as mudanças climáticas e para que o impacto seja efetivamente reduzido. Para que a gente possa ter uma redução da temperatura do planeta de forma mais consistente, o que ainda não conseguimos. E é o Brasil que está recebendo, então, como todo evento, a gente tem momentos de ansiedade. Mas, como diz o meu marido, vai dar tudo certo e vai ser a melhor COP que já aconteceu”, disse.

Janja também comentou a recente liberação para pesquisas de exploração de petróleo em alto-mar na região amazônica, decisão amplamente criticada por especialistas, principalmente às vésperas da conferência sobre mudanças climáticas. Para ela, é preciso confiar no trabalho que vem sendo realizado pelos ministérios envolvidos:

“Acho que há um trabalho muito grande do Ministério do Meio Ambiente e do de Minas e Energia para que se tenha segurança nessa pesquisa. Ainda não é exploração, são pesquisas que vão ser feitas. Não podemos negar a importância que os combustíveis fósseis têm para o desenvolvimento do país. Mas, em paralelo a isso, o governo tem trabalhado fortemente numa transição energética justa. Temos caminhado e temos propostas importantes conduzidas pelo ministro Haddad e pela ministra Marina Silva na questão da transição energética”, opinou.

Enviada especial para Mulheres

Durante o seminário, ao comentar as ações que vem realizando como enviada especial para Mulheres na COP30, a primeira-dama falou sobre o contato que tem tido com comunidades periféricas e ribeirinhas, e sobre a conscientização desses grupos quanto à proteção do meio ambiente. Ela afirmou, inclusive, ter convidado a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, para participar do evento e realizar, com ela, uma visita a essas comunidades no Pará. Por ora, Janja ainda aguarda a confirmação da esposa de Emmanuel Macron.

Deputada reprova governo francês

Além de abrir o encontro, Janja participou também de um dos painéis, que discutiu a agenda mundial e a mobilização popular diante da crise ambiental. Integraram o debate a deputada francesa Aurélie Trouvé, do partido A França Insubmissa (esquerda radical), a doutoranda indígena Rossandra Cabreira e o secretário-executivo da Presidência da República, Lavito Bacarissa.

A deputada francesa criticou o posicionamento do governo do país no tratamento das questões climáticas. Segundo ela, o presidente Emmanuel Macron está cada vez mais próximo da extrema direita, grupo político que, de acordo com ela, tem dois inimigos: “os estrangeiros e o meio ambiente”.

“Hoje, a França já não é capaz de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Em 2025, há uma estagnação dessas emissões, quando, na verdade, seria necessário reduzi-las drasticamente”, declarou.

Críticas ao governo Bolsonaro e solidariedade ao povo palestino

Ao longo do painel, Janja também criticou as ações de “retrocesso do governo passado”. Segundo ela, “se não fosse a sociedade civil e a academia, teríamos tido retrocessos significativos. Tivemos retrocessos, mas a sociedade civil conseguiu ‘segurar a onda’”, afirmou.

A primeira-dama ainda falou sobre o uso da fome como arma de guerra e prestou solidariedade ao povo palestino: “Que esse acordo de paz realmente aconteça para que a gente não testemunhe mais os horrores da fome e de crianças assassinadas”, disse.

Após o encontro na Sorbonne, Janja seguiu para a Indonésia, onde se encontra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita de Estado pela Ásia. Participaram ainda do evento o embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares, o comissário da Temporada Brasil-França, Emílio Kalil, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, além de especialistas, pesquisadores, representantes da sociedade civil, jornalistas e estudantes universitários do Brasil e da França.

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